quinta-feira, 25 de junho de 2015

Possíveis células sanguíneas e proteínas de dinossauro foram encontradas em fósseis com 75 milhões de anos


Cientistas fizeram uma descoberta surpreendente enquanto trabalhavam em um grupo de fósseis de 75 milhões de anos de idade: eles pareciam conter glóbulos antigos e tecido proteico.
A descoberta derruba a teoria de que fosseis são desprovidos de pele, carne, sangue e qualquer outro tipo de matéria orgânica. Os cientistas envolvidos, do Imperial College London, de Londres, usaram uma nova técnica para analisar estes fósseis, e caso suas conclusões iniciais sejam reais, talvez seja preciso repensar as teorias sobre quanto tempo os tecidos moles podem sobreviver.
De acordo com a revista Science, o cientista de materiais Sergio Bertazzo e a paleontóloga Susannah Maidment, usaram uma nova abordagem para tentar destrinchar sinais de proteínas antigas em suas amostras fósseis (dedos do pé, costela, quadril, pernas e garras de dinossauros). O casal usou um feixe de íons focalizados para cortar as amostras, deixando uma borda limpa perfeita para estudos de imagens de alta resolução.
"Nós não vimos cristais ósseos", explicou Maidment, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar após tal procedimento. "Vimos tecido mole. Foi completamente inesperado. Minha resposta inicial era que estes resultados não podiam ser reais”, declarou na revista Science.
As fibras de colágeno suspeitas foram pesadas ​​usando um espectrômetro de massa, e os números resultantes combinaram com o esperado. Embora isso não seja uma prova conclusiva de que a proteína é real (e não causada por contaminação, por exemplo), os cientistas estão planejando executar mais testes para verificar o material que eles encontraram.
Veja abaixo as fibras lineares, que os cientistas acreditam ser colágeno, na imagem do microscópio eletrônico de varredura:
Não é a primeira vez que os cientistas afirmaram ter descoberto proteínas nos fósseis. Em 2005, uma equipe liderada pela paleontologista da Universidade Estadual da Carolina do Norte, Mary Schweitzer, encontrou tal tecido, de 68 milhões de anos de idade, em fósseis de Tyrannosaurus rex, embora pesquisas aprofundadas não tenham conseguido verificar as alegações e impedir a contaminação. Schweitzer acredita que o ferro presente no corpo dos dinossauros era capaz de preservar a matéria orgânica.
As conclusões do Bertazzo e Maidment abriram novamente o debate de que as proteínas se deteriorem após milhares de anos. O que faz com que o novo estudo seja potencialmente interessante é que esses fósseis não eram espécimes particularmente bem preservadas, restos de tecidos tão sensíveis e células vermelhas do sangue podem não necessitar de quaisquer condições especiais para a preservação.

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