Pentágono anuncia criação de "centro de guerra espacial" para proteger satélites de ataques
O Pentágono pretende abrir um "centro de guerra espacial" em seis meses
para combater as ameaças de países como China e Rússia, na órbita da
Terra.
Todos os satélites norte-americanos serão monitorados a partir do
centro de operações, sendo a primeira vez em toda história que a
espionagem da nação e satélites militares serão monitorados a partir de
um único local. Acredita-se que o centro, projetado para proteger os
ativos espaciais dos Estados Unidos, seja uma resposta a testes
antissatélites realizados pelo governo chinês.
O anúncio foi feito pelo vice-secretário de Defesa dos EUA, Robert
Work, no GEOINT (Geospatial Intelligence) 2015, em Washington. De
acordo com o portal Defense One, Work disse que "se um adversário
quiser nos tirar do espaço, os esforços de reconhecimento em zonas de
conflito em potencial seriam gravemente enfraquecidos".
A
instalação faz parte de um investimento de mais de R$ 15 bilhões de
reais em gastos com segurança espacial do Departamento de Defesa. No
entanto, ainda não está claro como, exatamente, ele iria proteger
satélites de ataques. Além de proteção, um de seus objetivos será o de
coordenar todos os dados dos satélites do governo. Isto significa, por
exemplo, que as imagens de reconhecimento serão retransmitidas através
do centro, para agilizar os preparativos e respostas aos ataques.
Ele vai trabalhar em conjunto com o existente Centro Comum de Operações
Espaciais dos militares na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.
Segundo o site Breaking Defense, este desenvolvimento é, em parte,
impulsionado por dois supostos testes antissatélites realizado pela
China. O teste ASAT 2007 revelou uma destruição de um satélite na
órbita baixa da Terra, por uma máquina chinesa. O teste foi amplamente
condenado, especialmente por ter criado milhares de novos pedaços de
detritos espaciais, que permanecem um problema até hoje.
Curiosamente, a China não é o único país ter realizado testes
antissatélites. Os EUA destruíram um de seus próprios satélites, em 13
de Setembro de 1985, embora eles tenham encerrado o programa em 1988.
E em 21 de Fevereiro de 2008, um míssil SM-3 modificado foi encontrado
em um navio de guerra USS Lake Erie, para destruir um satélite de
reconhecimento militar dos EUA, destacando as tensões entre os EUA, a
China e a Rússia. Na década de 1960, a União Soviética também teria
trabalhado em uma arma antissatélite, chamada Sputnik Istrebitel (IS).
Acredita-se que vários testes tenham sido realizados, até o programa
ser cancelado, em 1983.
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