sábado, 27 de junho de 2015

Pentágono anuncia criação de "centro de guerra espacial" para proteger satélites de ataques


O Pentágono pretende abrir um "centro de guerra espacial" em seis meses para combater as ameaças de países como China e Rússia, na órbita da Terra.
Todos os satélites norte-americanos serão monitorados a partir do centro de operações, sendo a primeira vez em toda história que a espionagem da nação e satélites militares serão monitorados a partir de um único local. Acredita-se que o centro, projetado para proteger os ativos espaciais dos Estados Unidos, seja uma resposta a testes antissatélites realizados pelo governo chinês.
O anúncio foi feito pelo vice-secretário de Defesa dos EUA, Robert Work, no GEOINT (Geospatial Intelligence) 2015, em Washington. De acordo com o portal Defense One, Work disse que "se um adversário quiser nos tirar do espaço, os esforços de reconhecimento em zonas de conflito em potencial seriam gravemente enfraquecidos".
A instalação faz parte de um investimento de mais de R$ 15 bilhões de reais em gastos com segurança espacial do Departamento de Defesa. No entanto, ainda não está claro como, exatamente, ele iria proteger satélites de ataques. Além de proteção, um de seus objetivos será o de coordenar todos os dados dos satélites do governo. Isto significa, por exemplo, que as imagens de reconhecimento serão retransmitidas através do centro, para agilizar os preparativos e respostas aos ataques.
Ele vai trabalhar em conjunto com o existente Centro Comum de Operações Espaciais dos militares na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia. Segundo o site Breaking Defense, este desenvolvimento é, em parte, impulsionado por dois supostos testes antissatélites realizado pela China. O teste ASAT 2007 revelou uma destruição de um satélite na órbita baixa da Terra, por uma máquina chinesa. O teste foi amplamente condenado, especialmente por ter criado milhares de novos pedaços de detritos espaciais, que permanecem um problema até hoje.
Na década de 1960 a União Soviética também trabalhou em uma arma antissatélite chamada Sputnik Istrebitel (IS).
Há a suspeita de um segundo teste, feito em 2010, que teria destruído um satélite a uma altitude muito maior, na órbita geoestacionária (GEO), onde muitos satélites de comunicações operam. "Os EUA estão interpretando isso como uma ameaça potencial para a segurança nacional de seus satélites na GEO”, disse Brian Weeden, analista espacial na Fundação de Segurança Mundial. "A segunda ameaça é o uso recente da Rússia, de um veículo de guerra híbrido para anexar a Crimeia e minar a Ucrânia. Os EUA interpretam isso como um sinal de que a lei e as normas internacionais podem ser menos eficazes para dominar os adversários em potencial", completou.
Curiosamente, a China não é o único país ter realizado testes antissatélites. Os EUA destruíram um de seus próprios satélites, em 13 de Setembro de 1985, embora eles tenham encerrado o programa em 1988.
E em 21 de Fevereiro de 2008, um míssil SM-3 modificado foi encontrado em um navio de guerra USS Lake Erie, para destruir um satélite de reconhecimento militar dos EUA, destacando as tensões entre os EUA, a China e a Rússia. Na década de 1960, a União Soviética também teria trabalhado em uma arma antissatélite, chamada Sputnik Istrebitel (IS). Acredita-se que vários testes tenham sido realizados, até o programa ser cancelado, em 1983.

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