Pesquisa descobriu como salamandras substituem seus membros. Isso poderá ajudar humanos a fazerem o mesmo!
Já faz muito tempo que se sabe que as salamandras são capazes de regenerar membros amputados de seu corpo.
A novidade é que os cientistas acreditam ter finalmente descoberto como funciona o processo.
Pesquisadores da University College London identificaram uma via
biológica, chamado ERK (quinase regulada por sinal extracelular), que
deve estar constantemente ativa para que as células das salamandras se
regenerem, um processo que não é visto nos mamíferos.
Apesar de um longo caminho para alcançar o mesmo feito em humanos, a
descoberta pode ajudar os pesquisadores a desbloquear o “potencial
regenerativo" que existe dentro das células de outros animais. Ainda
que um longo caminho precise ser feito, o desbloqueio desse potencial
pode inclusive atingir as células humanas.
Um estudo paralelo afirma que as salamandras selvagens na América do
Norte estão ficando cada vez menores por conta do seu ambiente ter
ficado ainda mais quente e seco, forçando-as a queimar mais energia
para realizar suas atividades. Os pesquisadores da Universidade de
Maryland descobriram que as salamandras nos Apalaches, hoje, eram quase
um décimo menor do que os seus antepassados na década de 1950.
Em células de mamíferos adultos, a via ERK não é inteiramente ativa. O
estudo indica que, quando for forçada a ser, as células podem adquirir
um maior potencial para a reprogramação e regeneração.
"Enquanto os seres humanos têm capacidades regenerativas limitadas,
outros organismos, como a salamandra, são capazes de regenerar um
repertório impressionante de estruturas complexas, incluindo partes de
seus corações, olhos, medula espinhal e caudas. Elas são os únicos
vertebrados adultos capazes de regenerar os membros completamente", disse o principal cientista, Dr. Max Yun, do Instituto de Biologia Molecular Estrutural.
Há mais pesquisas que vão agora se concentrar na compreensão de como
essa via é regulada durante a regeneração de membros, e quais outras
moléculas estão envolvidas no processo. Após desembaraçar o
quebra-cabeças, o caminho estará livre para o desenvolvimento de
biotecnologias inacreditáveis.
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