Temer diz que relator 'amenizou enormemente' reforma da Previdência e que não há mais razão para rejeição
Presidente deu declaração durante almoço como governadores na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. No encontro, ele pediu apoio dos governadores à proposta.
O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (25), em almoço com
governadores em Brasília, que a negociação com as bancadas “amenizou
enormemente” a reforma da Previdência proposta pelo governo e que, por
isso, não há razão para eventual rejeição à medida no Congresso.
De acordo com o presidente, apesar das concessões em cinco aspectos
incluídos na proposta original, a questão principal sobre a mudança na
idade mínima não foi mudada.
“Não há mais razão para que se diga que não se deve aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Temer.
A imprensa não teve acesso à reunião do presidente com os governadores.
As declarações de Temer foram divulgadas após o encontro pela
assessoria do Palácio do Planalto.
“O relator [Arthur Maia, do PPS-BA] percorreu todas as bancadas, ouviu e
trouxe as observações todas e eu disse: 'pode negociar'. Ele foi,
negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural”, afirmou
Temer.
O encontro reuniu 13 dos 27 governadores e três vices na residência
oficial do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). De
acordo com Maia, os governadores que não compareceram justificaram a
ausência.
Durante a fala, Temer pediu apoio dos governadores junto às bancadas dos estados para aprovar a medida na Câmara.
“O que nós queríamos aqui mais precisamente ao saudá-los mais uma vez é dizer que precisamos muito desse apoio”, afirmou.
“Eu sei que os senhores têm a compreensão de que governadores têm as
mesmas dificuldades que nós temos aqui na área federal. No Brasil, nós
temos que retomar essa cultura de que o governo não é de um ou alguns,
mas o governo é de todos”, declarou.
“Nós mandamos uma reforma completa, digamos assim. Mas, sabedores
democraticamente de que o Congresso, que é o filtro das aspirações
populares, iria naturalmente fazer uma série de propostas, como foram
feitas”, afirmou.
Temer também disse que, após ter assumido a Presidência devido ao
impeachment de Dilma Rousseff, poderia “desfrutar historicamente do
prazer de ser presidente”, mas que o governo atual “quer mais”.
“Apanhamos [o Brasil] em uma situação delicada e fomos acertando pouco a
pouco. Mas, para consertar, é preciso medidas às vezes chamadas
impopulares porque nós nos recusamos às medidas populistas, como os
senhores se recusam”, declarou.
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